A gestão de condomínios não é uma tarefa fácil. São diversas as preocupações dos síndicos no dia a dia: questões administrativas, legais, de limpeza, de convívio entre moradores e financeira. Gerir as finanças do condomínio com zelo é fundamental para evitar falta de verba e ter uma prestação de contas clara Mas como fazer isso sem gastar mais ainda do seu tempo? A resposta é simples: planejar e executar um fluxo de caixa do condomínio em que todas as movimentações financeiras sejam identificadas.

Quer saber como gerir o fluxo de caixa? Veja as dicas do post de hoje.

O que é o fluxo de caixa?

Primeiro, vamos esclarecer o que é o fluxo de caixa. Essa é uma ferramenta estratégica utilizada para administrar a movimentação do dinheiro em empresas, instituições e também condomínios.

O fluxo de caixa é uma forma de visualizar e controlar os gastos. Para executá-lo, é necessário anotar todo dinheiro que entra e todo dinheiro que sai, especificando os tipos de gastos, as datas e os valores exatos.

O fluxo de caixa permite visualizar o histórico de gastos, realizar análises e fazer projeções financeiras para o condomínio. E como executar o fluxo de caixa?

Planejamento

O primeiro passo é o planejamento, que envolve o levantamento de informações sobre a movimentação financeira do condomínio. Identifique todas as despesas, que podem ser rotineiras, no caso de produtos de limpeza, contas de água e luz, ou podem ser extraordinárias, como os gastos em manutenções, consertos e reformas. Anote também as entradas, que são os valores recebidos dos moradores do prédio. Nomes, valores pagos e data de pagamento.

É fundamental trabalhar o orçamento e fazer os cálculos mensais utilizando a taxa de inadimplência do condomínio, que vai variar entre 10% e 20% conforme a situação do seu prédio. Leve essa taxa em consideração para não comprometer um dinheiro que não vai entrar no caixa.

Registro com detalhe

Para o fluxo de caixa ser eficaz é fundamental que o registro seja completo e detalhado. Defina um momento da sua semana em que você vai sentar para anotar toda movimentação financeira do prédio, sem se esquecer de nada. Uma boa ferramenta para fazer isso, além dos cadernos, são as planilhas ou apps que ajudam no fluxo de caixa.

Lembre-se de colocar datas para todos os gastos e identificar corretamente para onde foram.

Fundos de reserva

Para evitar surpresas que descontrolem as finanças do condomínio é importante criar um fundo de reserva, para o qual são destinados uma média de 5% a 10% do valor da taxa paga pelos condôminos. Essa alíquota deve ser negociada em reuniões junto aos outros moradores. É recomendado também informar qual será o destino do fundo.

Investimentos do caixa

Se no fim do mês as contas estão fechando no positivo, uma boa oportunidade é investir essa quantia. Dessa forma, é gerado mais dinheiro para o condomínio que poderá ser utilizado para realizar as melhorias necessárias.

Uma boa opção é investir em títulos de capitalização ou em fundos, como nos títulos da dívida pública. Esses investimentos são mais seguros e podem garantir mais estabilidade.

Com essas dicas você vai conseguir executar um fluxo de caixa do condomínio eficiente, deixar as prestações de contas mais claras e o saldo final no positivo. Basta ter disciplina com as anotações e a gestão financeira vai ficar muito mais fácil, evitando as dores de cabeça que todo síndico tem na hora de fechar o orçamento do mês.

Entendeu a importância de fazer um gerenciamento eficiente do fluxo de caixa no seu condomínio? Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Deixe seu comentário e conte para nós!